Essa relação com o número começou de forma curiosa, quando Zagallo se casou com Alcina de Castro Zagallo, devota de Santo Antônio, cujo dia é comemorado em 13 de junho. A partir desse momento, o 13 se tornou uma constante em sua vida e em suas conquistas. Sua primeira Copa do Mundo foi em 1958, cuja soma dos números resultava em 13. No ano de 1966, tornou-se treinador e, em 1967, foi campeão carioca pelo Botafogo – mais uma vez, a soma resultava em 13. E assim por diante, incluindo a conquista da Copa do Mundo de 1994 como auxiliar, cuja soma também resultava em 13.
Durante o Mundial de 1994, Zagallo fez previsões curiosas baseadas em seu número preferido. Ele afirmou que o Brasil seria campeão porque o nome dos patrocinadores da seleção, Umbro e Coca-Cola, juntos, somavam 13 letras. Além disso, o termo “tetracampeões” também tinha 13 letras. E durante a decisão por pênaltis na final da Copa, Zagallo previu que o jogador italiano Roberto Baggio não faria o gol, já que seu nome também somava 13 letras. E assim foi, com Baggio desperdiçando a cobrança e o Brasil se sagrando tetracampeão.
No fim das contas, Zagallo deixou uma marca indelével no futebol brasileiro, tanto por suas conquistas como por suas superstições e manias. A transformação do número 13 em um elemento positivo em sua carreira, elevando sua confiança em momentos decisivos, contribuiu para construir a história desse grande personagem do esporte nacional. “Brasil campeão tem 13 letras”, costumava repetir Zagallo, agora eternizado também em seu próprio nome.