Xi Jinping já havia manifestado seu desejo de dialogar com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sobre maneiras de aprimorar a relação bilateral entre as duas potências. Em seu artigo publicado, Xi vislumbrou o que chamou de “50 anos dourados” nas relações China-Brasil. Esta parceria é histórica, uma vez que o Brasil foi o primeiro país da América Latina a firmar uma parceria estratégica com Pequim, consolidando-se como um modelo para outras nações em desenvolvimento.
Durante sua estadia, o presidente chinês busca consolidar os laços existentes, com ênfase na colaboração em prol do combate às mudanças climáticas, à redução da pobreza e ao desenvolvimento de um comércio justo. Um dos pontos destacados pelo embaixador Eduardo Saboia, do Ministério das Relações Exteriores, é que os países já firmaram um total de 15 atos governamentais e anunciaram 32 acordos empresariais em setores relevantes, como energias renováveis, agronegócio e saúde.
Além desses temas, a visita de Xi é vista como uma oportunidade para expandir discussões em finanças e infraestrutura, áreas que deverão beneficiar os novos projetos do governo brasileiro, como o Novo PAC e o Plano de Transição Ecológica. A expectativa também gira em torno da possível participação do Brasil na Iniciativa Cinturão e Rota da China, expressando um interesse em integrar esses projetos de maneira que respeitem as condições e prioridades brasileiras.
Assim, a presença de Xi Jinping em Brasília representa um marco significativo, com o potencial de redefinir e aprofundar a colaboração entre Brasil e China, em um momento de constantes transformações geopolíticas.