Willian Bigode se Defende e Allega Fraude de Empresa de Criptomoedas em Processo Movido por Mayke



Nesta semana, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) recebeu a defesa do atacante Willian Bigode em resposta ao processo movido por seu ex-companheiro de Palmeiras, Mayke. O documento, que ultrapassa 90 páginas, foi apresentado pela equipe jurídica de Willian e argumenta que o jogador também foi vítima da XLand, a empresa acusada de causar prejuízos milionários a ambos os atletas ao impedir o resgate da rentabilidade de investimentos em criptomoedas.

Bruno Santana, advogado de Willian, sustenta que seu cliente não teve qualquer participação direta nas transações financeiras questionadas, nem atuou como avalista ou intermediário. “Acreditamos que nossa cooperação é essencial, pois revela verdades, como a de que Willian sofreu elevadíssimos prejuízos e é, na realidade, uma grande vítima. Acionamos as autoridades competentes para investigar os verdadeiros responsáveis, esperando um julgamento justo,” afirmou Santana.

O processo enfrenta uma fase decisiva, pois os sócios da XLand já foram citados, estabelecendo o começo do prazo para a defesa de todos os réus. Mayke, autor da ação, foi notificado na última sexta-feira e tem 15 dias para responder às alegações da defesa de Bigode. A equipe jurídica de Mayke mantém confiança no caso, baseando-se em documentação robusta e provas bem fundamentadas.

No documento de defesa, Santana pede que a justiça reconheça a ilegitimidade da inclusão de Willian no processo, apontando que as transações e o contrato entre Mayke e a XLand não tiveram participação do atacante santista. A defesa alega que Mayke buscou a XLand após uma recomendação da mulher de Willian, Loisy Coelho, feita à Rayanne Almeida, esposa de Mayke.

A defesa de Bigode sugere ainda que o poder judiciário é incompetente para julgar o caso devido a uma cláusula de arbitragem no contrato entre Mayke e a XLand. Caso a justiça não aceite essas preliminares, pede-se a redução do valor da medida cautelar para R$ 2,1 milhões, amparando-se em comprovantes bancários que mostram o investimento inicial de Mayke.

A inclusão de Edmílson Paiva David, um terceiro sócio da XLand não citado originalmente, também é solicitada. Willian e seus advogados argumentam que o caso deve ser regido pelo código civil, em vez do código de defesa do consumidor, considerando o perfil de investidor agressivo de Mayke.

Além do processo de Mayke, Gustavo Scarpa, outro ex-companheiro de Palmeiras, move ação semelhante contra Willian, alegando prejuízos financeiros em função dos investimentos recomendados na XLand, que oferecia uma rentabilidade de 2% a 5%.

Os problemas com a XLand emergiram em meados de 2022, quando os atletas tentaram, sem sucesso, resgatar os lucros prometidos. Frustrados com as reiteradas negativas da empresa, eles romperam os contratos e buscaram auxílio jurídico. Desde então, o processo segue no TJ-SP, ainda sem decisão definitiva sobre a culpabilidade dos envolvidos.

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