A microcefalia é uma condição em que o cérebro não se desenvolve adequadamente, resultando em um crânio anormalmente pequeno. A equipe de cientistas demonstrou que o Zika vírus consegue “sequestrar” a proteína ANKLE2, que é essencial para o desenvolvimento saudável do cérebro do feto.
Além disso, os pesquisadores também descobriram que o vírus da dengue e da febre amarela são capazes de agir de maneira semelhante, “sequestrando” a mesma proteína. No entanto, o Zika vírus se mostra muito mais perigoso nesse contexto, pois consegue atravessar a barreira placentária e infectar o bebê de forma direta, o que não ocorre com outras doenças transmitidas por mosquitos.
Essa descoberta traz novos insights sobre a forma como o Zika vírus age no organismo infectado e reforça a importância de medidas preventivas para evitar a propagação da doença. Os pesquisadores ressaltam a necessidade de investimento em pesquisas que busquem entender melhor a interação entre o vírus e as proteínas do corpo humano, a fim de desenvolver estratégias mais eficazes de combate ao Zika.
Essa nova informação lança luz sobre os mecanismos de ação do Zika vírus e destaca a urgência de ações para lidar com essa ameaça à saúde pública. A pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia destaca a importância do investimento em ciência e tecnologia para enfrentar os desafios trazidos por doenças transmitidas por vetores, como o Zika vírus.