A mobilização contra a escolha de Virgínia está sendo liderada por Marcela Porto, mais conhecida como Mulher Abacaxi. Ela, por sua vez, contou com o apoio de diversas figuras do carnaval carioca, entre elas, a atriz e ex-rainha de bateria da Viradouro, Erika Januza. Essa união de vozes reflete um descontentamento generalizado que não apenas questiona a decisão, mas também propõe uma reflexão mais profunda sobre o papel e a relevância das figuras no universo do samba.
Marcela Porto enfatizou a importância de resgatar a essência do carnaval, que, segundo ela, vai além de status e dinheiro. “Ela deveria ter bom senso e não aceitar. Não é uma questão de beleza, mas de pertencimento. O carnaval é uma celebração cultural que deve ser respeitada”, afirmou. Para Porto, o ideal seria que Virgínia começasse sua carreira no mundo do samba como musa ou em uma escola menor, permitindo uma imersão mais genuína na comunidade e traçando um percurso que a conecte verdadeiramente com a tradição.
A crítica não se limita à escolha de uma influenciadora, mas abre espaço para um debate mais amplo sobre a autenticidade e os valores do carnaval. A preocupação em torno da figura da rainha de bateria não é apenas sobre quem ocupa o posto, mas sobre a representatividade e a conexão com as raízes do samba. Neste sentido, a mobilização de pessoas como Mulher Abacaxi e Erika Januza serve como um lembrete da importância de honrar a história e o esforço de tantos que fazem parte desse universo vibrante e significativo.
O carnaval é um momento de celebração, mas também de reflexão, e as discussões em torno da nomeação de Virgínia só provam que a comunidade do samba está atenta às suas tradições e valores fundamentais. O futuro da Grande Rio, e de sua escolha para a rainha de bateria, poderá refletir essa luta pela autenticidade e pelo respeito à história do carnaval.