Desde a instituição da reeleição em 1998, todos os presidentes eleitos no Brasil no segundo turno saíram na frente na primeira etapa. Isso demonstra a força da preferência inicial dos eleitores e a dificuldade de reversão desse cenário ao longo da campanha.
No âmbito das eleições para governador, apenas 24% dos segundos colocados no primeiro turno conseguiram virar o jogo e se eleger. Em 2022, exemplos como Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Sergipe mostram que a virada é uma possibilidade, mas não ocorre com frequência.
Quando observamos as prefeituras das capitais, a realidade é semelhante. Apenas 16% dos segundos turnos resultaram em viradas desde 1998. Em cidades como Aracaju, Campo Grande, Goiânia, João Pessoa, Natal e Palmas, a liderança se manteve constante ao longo dos anos.
No entanto, em locais como São Paulo e Belo Horizonte, as viradas no segundo turno já foram uma realidade. Em 2012, Fernando Haddad surpreendeu José Serra na capital paulista. Em Belo Horizonte, a disputa atual entre Bruno Engler e Fuad Noman promete ser acirrada, com Noman liderando nas pesquisas mais recentes.
Diante desses dados, fica claro que, embora o segundo turno seja uma oportunidade para reviravoltas, a vantagem obtida na primeira etapa costuma ser um indicativo forte do resultado final. A cada eleição, novas surpresas podem surgir, mas a tendência histórica mostra que a liderança inicial é um fator determinante na corrida eleitoral no Brasil.