Violência política nas eleições de 2024: redes sociais e política podre fomentam assassinatos e agressões antes do pleito.

O Brasil vem enfrentando uma escalada de violência sem precedentes, consolidando sua posição como líder em número absoluto de homicídios no ranking de 2023 das Nações Unidas. Embora os índices tenham apresentado uma leve queda de 6% neste ano, os números continuam alarmantes, com uma média de 16,5 mortes a cada 100 mil habitantes, colocando o país no 18º lugar entre 196 nações analisadas.

Motivos que vão desde o controle do tráfico até desavenças políticas têm levado à tragédia de muitas vidas perdidas. A política, ao invés de ser um instrumento de resolução de conflitos, tem se tornado um combustível para a violência crescente que assola o país.

Durante a campanha eleitoral deste ano, sete candidatos a cargos políticos foram brutalmente assassinados, evidenciando a violência presente no cenário político brasileiro. Além disso, mais de 450 casos de agressões e ameaças foram registrados contra líderes políticos de diferentes ideologias, demonstrando a gravidade da situação.

O Observatório da Violência Política e Eleitoral da Unirio tem coletado e analisado dados sobre esse tema desde 2019, e os números apontam para uma escalada da violência a cada eleição. O cenário já é o mais feroz da série histórica, com um aumento significativo no número de ocorrências em comparação com anos anteriores.

Embora parte da responsabilidade recaia sobre o ambiente de ódio disseminado nas redes sociais, que tem contribuído para o estímulo de agressões e incitações à violência, é importante ressaltar que o problema vai além disso. Políticos que usam as redes de maneira deletéria para incitar a violência são parte do cerne do problema, financiando a propagação do ódio e contribuindo para um cenário político cada vez mais polarizado.

O desafio do Brasil é combater essa cultura de violência que permeia a política e a sociedade como um todo, buscando construir um ambiente mais saudável e democrático. A responsabilidade recai não apenas sobre os indivíduos, mas também sobre as instituições que têm o poder de mudar essa realidade e promover um debate político baseado no respeito e na tolerância. A esperança é que, com esforços coordenados e medidas eficazes, seja possível reverter esse cenário e construir um país mais pacífico e justo para todos os cidadãos.

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