No Rio de Janeiro, uma candidata a vereadora escapou por pouco da morte quando o carro em que estava foi alvo de vários tiros. Por sorte, o veículo era blindado e ela saiu ilesa do atentado. Já em São Paulo, outra candidata teve seu carro atingido por 11 tiros, mesmo não estando presente no momento do ataque, ela teve que ser hospitalizada devido ao susto.
Esses não foram casos isolados. Em Sumaré, no interior de São Paulo, o coordenador de campanha de um candidato a prefeito foi alvo de tiros disparados por dois homens. Esses eventos violentos têm se multiplicado neste pleito eleitoral, com números que ultrapassam em mais de 130% as ocorrências registradas nas eleições anteriores.
A pesquisa “Violência Política e Eleitoral no Brasil”, realizada por organizações como Terra de Direitos e Justiça Global, constatou que a violência política aumentou de forma alarmante este ano. Os dados do relatório apontam que os casos de violência eleitoral já ultrapassaram a média de 1,5 ocorrência por dia em todo o país.
Segundo Gisele Barbieri, coordenadora da Terra de Direitos, a violência política tem sido naturalizada no cenário eleitoral brasileiro, levando a um aumento significativo de assassinatos, ameaças e atentados. Mulheres são particularmente afetadas por esses episódios violentos, que transcendem os limites dos diferentes espectros políticos.
Diante desse cenário preocupante, a expectativa é que a violência eleitoral aumente ainda mais após o primeiro turno das eleições, marcado para este domingo. Com mais de 1.000 casos de violência política registrados desde 2016, é fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos candidatos e a lisura do processo democrático.