Tércio Davi Ferreira, conselheiro tutelar envolvido no caso, explicou que a menina vivia com sua mãe e irmão há cerca de dois anos, período durante o qual as agressões se intensificaram dramaticamente. Ferreira sublinhou o relato da garota sobre um dia particularmente violento, ao mesmo tempo em que assegurou que a criança não havia sido vítima de abuso sexual. Ainda mais preocupante, o irmão da menor, que participava das agressões, possui um histórico criminal e já respondeu por homicídio.
O cenário doméstico era agravado pelo uso de drogas, com a mãe e o irmão frequentando uma zona da cidade notória por problemas relacionados ao tráfico. Conforme o relato da menina, as agressões eram justificadas pela mãe devido ao deslocamento da criança de outro estado, uma explicação frágil e insustentável diante da violência empregada.
Após a intervenção do Conselho Tutelar, a criança foi submetida a exames de corpo de delito e encontra-se agora em um lar de acolhimento, sob a proteção das autoridades judiciais. A Polícia Civil de Alagoas abriu um inquérito para investigar o caso, com a delegada Talita Aquino coordenando as ações que devem esclarecer as circunstâncias e assegurar que os responsáveis enfrentem a justiça. A investigação deve seguir com diligências nos próximos dias, enquanto a sociedade clama por justiça e segurança para a jovem vítima desse lamentável episódio.