O crime, ocorrido em 21 de novembro deste ano, chocou a pacata localidade. O acusado, que residia nas proximidades da casa da vítima, usava sua condição de vizinho para se aproveitar da confiança da família e cometer os atos criminosos. De acordo com a polícia, ele escalava o muro da residência da criança para praticar os abusos sexualmente violentos na ausência do pai da menina. A situação só veio à tona quando uma tia da vítima percebeu um comportamento suspeito ao flagrar o homem pulando o muro da residência.
A denúncia desencadeou uma série de investigações e resultou na realização de exames no Instituto Médico Legal (IML), que confirmaram os abusos sofridos pela criança. Durante procedimentos de escuta especializada, a vítima revelou que os abusos foram recorrentes e que o acusado a ameaçava de morte, incluindo sua família, caso ela revelasse o que estava acontecendo. O medo e a intimidação mantiveram a criança em silêncio até então.
Após a prisão, o suspeito foi levado ao 38º DP de São José da Tapera, onde optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento inicial. Ele deverá passar por audiência de custódia, procedimento em que será decidido se ele permanecerá detido durante o curso da investigação. Enquanto isso, a comunidade de Olho d’Água das Flores aguarda ansiosa por justiça em um caso que abalou a sensação de segurança e confiança entre vizinhos.
Esta prisão é um importante passo na difícil batalha contra crimes sexuais em comunidades pequenas, onde o medo e a vergonha muitas vezes impedem que vítimas e familiares denunciem. O comprometimento da polícia e a coragem da família em buscar justiça demonstram a necessidade de proteger as crianças e garantir que os criminosos sejam responsabilizados por seus atos.