Intitulado “Mulheres, Ativismo e Violência: a luta por direitos nas favelas e periferias do Rio de Janeiro”, o estudo apontou que 60% das participantes tiveram suas atividades impactadas por confrontos armados. Mais de 50% desses confrontos foram causados por operações policiais, interrompendo o trabalho das organizações.
A coordenadora executiva da área de direito à vida e segurança pública, Thais Gomes, destacou o perfil das mulheres envolvidas nessas iniciativas, ressaltando que muitas delas buscam o ativismo devido a experiências diretas com violência, seja ela doméstica, LGBTfobia ou policial.
Além disso, a pesquisa apontou a falta de recursos como um dos principais desafios enfrentados pelas iniciativas. Apenas 23,5% delas contavam com algum tipo de apoio para suas atividades, o que leva a uma fragilização estrutural e falta de mecanismos de prevenção à violência.
As organizações e coletivos mapeados na pesquisa atuam em temas como educação, cultura, saúde e acesso à justiça, principalmente na capital, zona norte do Rio de Janeiro, Baixada Fluminense, Grande Niterói e região metropolitana.
Os resultados do estudo demonstram a importância do apoio e reconhecimento das iniciativas lideradas por mulheres nas favelas e periferias, que enfrentam desafios cotidianos para garantir direitos e combater a violência armada em suas comunidades.