Vício em Apostas Online Atinge 11 Milhões de Brasileiros e Causa Prejuízos Financeiros e Sociais Significativos

O vício em jogos de apostas tem se tornado uma questão alarmante na sociedade contemporânea, especialmente com a popularização das plataformas digitais que facilitam o acesso a esses jogos. Este comportamento compulsivo não apenas repercute em áreas individuais, como o desempenho escolar ou profissional, mas também impacta negativamente relacionamentos pessoais, saúde mental e física, além de gerar situações de isolamento social e dificuldades financeiras.

No Brasil, cerca de 11 milhões de pessoas apresentam sinais de dependência em jogos de apostas, segundo dados provenientes de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo. Essa cifra representa uma realidade preocupante, uma vez que o acesso facilitado a plataformas de apostas on-line contribui para a ampliação desse problema. Em um cenário ainda mais alarmante, um relatório recente da 8ª edição do Raio-X do Investidor Brasileiro, elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em conjunto com o Datafolha, revela que em 2024, 23 milhões de brasileiros participaram de apostas, correspondendo a 15% da população maior de 16 anos.

Os danos causados pelas apostas on-line são profundos e muitas vezes difíceis de identificar, tanto para os próprios indivíduos quanto para seus familiares. A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) estima que o mercado regulamentado de apostas esportivas no Brasil pode movimentar cerca de R$ 20 bilhões neste ano, o que indica um crescimento significativo dessa indústria. Adicionalmente, cerca de 12% das famílias brasileiras estão recorrendo às apostas como uma alternativa para incrementar a renda familiar, conforme apontado pelo estudo Consumer 360º da NielsenIQ.

Esses dados refletem uma tendência alarmante que exige atenção e ação das autoridades, além de um compromisso da sociedade em abordar a questão do vício em jogos com responsabilidade e empatia. Reconhecer os sinais de compulsão é o primeiro passo para tratar essa questão complexa, e o diálogo se torna essencial para auxiliar aqueles que lutam contra essa dependência. As consequências desse comportamento podem ser devastadoras, tornando imperativo que tanto a população quanto as entidades governamentais e de saúde se unam para enfrentar esse desafio.

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