Vice-presidente do PT pedirá investigação contra ministra por suposto envolvimento com funcionário fantasma em Maricá, no Rio, afirma dirigente.

O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, anunciou que irá solicitar uma investigação contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), devido ao seu suposto envolvimento com um funcionário fantasma da Prefeitura de Maricá, localizada no Rio de Janeiro. Quaquá, que também é prefeito do município, afirmou que levará o caso à Comissão de Ética do partido para análise.

De acordo com as alegações feitas por Quaquá, Anielle estaria ligada a Alex da Mata Barros, que foi ex-assessor da prefeitura de Maricá e também trabalhou no Ministério da Igualdade Racial. Barros foi contratado pela Pasta em maio de 2024 para atuar como consultor do Projeto Gente Negra “Reconstrução e Desenvolvimento”.

O vice-presidente do PT sugere que Barros poderia ter sido um funcionário fantasma durante sua passagem pela gestão municipal e afirma ter recebido informações sobre possíveis irregularidades em sua atuação na autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar). “Sendo ou não dela, eu mandei abrir inquérito”, afirmou Quaquá em entrevista ao portal Metrópoles, destacando que a apuração interna realizada confirmou o caso.

No entanto, o Ministério da Igualdade Racial nega qualquer tipo de irregularidade e explica que a contratação de Alex foi feita por meio de um edital do Banco CAF, seguindo os padrões internacionais. Em comunicado, o ministério esclareceu que Anielle não participa da seleção de consultores para projetos da pasta.

Quaquá, que é do mesmo partido da ministra, informou que irá propor a criação de uma comissão de ética para Anielle durante a reunião do diretório nacional do partido. Ele também relembrou que a ministra havia acionado o Conselho de Ética do PT anteriormente, após defender o deputado Chiquinho Brazão, que é réu no Supremo Tribunal Federal por supostamente ter sido mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.

O Estadão tentou entrar em contato com a comunicação do partido para obter um posicionamento sobre o caso, porém, até o momento da publicação desta matéria, não obteve resposta. O espaço permanece aberto para eventuais atualizações sobre o assunto.

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