Em seu pronunciamento, Rodríguez afirmou que o veto reflete uma “profunda inveja” que o Brasil alimenta em relação à Venezuela. Para a vice-presidente, essa atitude é prejudicial, pois os dois países compartilham uma mesma região e, em vez de rivalizarem, deveriam encontrar formas de colaboração que impulse suas potencialidades. Ela enfatizou que a decisão do Brasil ficou marcada na história como uma violência não apenas à sua nação, mas também aos princípios do BRICS.
Recentemente, Celso Amorim, assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil, argumentou que a Venezuela “não contribui” para o funcionamento eficaz do bloco, ressaltando que não existem vetos formais no BRICS. Em resposta, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou a intenção de solicitar ao legislativo local a declaração de Amorim como “persona non grata”.
As tensões entre os dois países aumentaram a partir da declaração de Amorim e das críticas do governo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro, por sua vez, expressou esperança de que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, se pronuncie sobre o veto que impede a inclusão da Venezuela no bloco.
A vice-presidente Delcy Rodríguez reiterou o compromisso do governo venezuelano em buscar a inclusão do país em espaços internacionais relevantes, mencionando também o suporte incondicional de aliados como o presidente russo Vladimir Putin. As movimentações diplomáticas entre Brasil e Venezuela continuarão a ser observadas, especialmente diante das declarações e ações que podem redirecionar suas relações no contexto geopolítico atual.