Via Láctea Pode Ser Parte de uma Estrutura Cósmica Muito Maior, Sugere Novo Estudo que Desafia Teorias Conhecidas sobre o Universo.



Um novo estudo científico desafia as concepções atuais sobre a posição da Via Láctea no cosmos, sugerindo que nossa galáxia é parte de uma imensa “bacia de atração” cósmica. De acordo com as novas descobertas, publicadas recentemente na conceituada revista Nature Astronomy, a Via Láctea pode estar inserida em uma estrutura conhecida como Concentração Shapley, um superaglomerado que é, surpreendentemente, até dez vezes maior do que Laniākea, a formação que antes era considerada a vizinhança cósmica mais próxima da Terra.

As bacias de atração, ou BOAs, são regiões onde as forças gravitacionais atuam de maneira a congregar galáxias e outros corpos celestes, fazendo com que se disponham em camadas, similares às “bonecas matryoshka”. Atualmente, a Via Láctea se julga parte integral do superaglomerado Laniākea, que abriga cerca de 100.000 galáxias. No entanto, os pesquisadores envolvidos no estudo analisaram dados sobre o movimento de mais de 56 mil galáxias, criando um sofisticado mapa 3D probabilístico que indica uma probabilidade de 60% de que a Via Láctea faça parte da Concentração Shapley.

O impacto dessa descoberta é significativo, pois altera não apenas a compreensão sobre onde nos situamos no cosmos, mas também levanta questões sobre a própria estrutura do universo. A pesquisa sugere que Laniākea pode não ser uma entidade isolada, mas sim um subgrupo dentro de Shapley, desafiando o que anteriormente se pensava sobre as interconexões entre as galáxias.

Entre os aspectos destacados pelos cientistas, encontra-se a Grande Muralha de Sloan, uma vasta estrutura que se estende por 1,4 bilhão de anos-luz e que também faz parte do nosso ambiente cósmico imediato. Apesar do avanço na compreensão das grandes estruturas cósmicas, os pesquisadores alertam para as incertezas ainda presentes, como as dificuldades em medir com precisão a velocidade das galáxias mais distantes e os efeitos da matéria escura. Essa nova visão aponta para a vastidão e complexidade do universo, revelando que nosso entendimento sobre o espaço pode ser apenas uma fração do que realmente existe. A pesquisa continua a desafiar as fronteiras do conhecimento humano e a redefinir nosso lugar neste vasto e intrincado cosmos.

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