Maduro, em sua fala, caracterizou os detidos como “mercenários” e enfatizou que sua administração está comprometida em garantir a segurança e a tranquilidade do país. “Os fascistas tentaram trazer mercenários. Hoje, já capturamos mais de 50 mercenários que estavam entrando no país para plantar bombas ou realizar ataques violentos”, afirmou o líder.
O ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello, havia comunicado previamente que 38 pessoas tinham sido presas em 19 de maio por supostos envolvimentos em conspirações, 17 das quais eram estrangeiras. Cabello vincula os planos de ataque ao ex-comissário de polícia Iván Simonovis, que se encontra foragido, e à líder da oposição, María Corina Machado. O ministro afirmava que essas movimentações tinham o objetivo de desestabilizar o processo eleitoral.
Diante das crescentes preocupações de segurança, o governo da Venezuela decidiu suspender temporariamente os voos rumo à Colômbia, alegando que alguns dos indivíduos detidos tinham chegado a Caracas por via aérea a partir de Bogotá. Esta medida foi tomada em um contexto de tensões políticas, em que o governo denuncia tentativas constantes de desestabilização por parte de agentes externos e opositores.
Com cerca de 21,3 milhões de cidadãos habilitados para votar, as eleições de 25 de maio serão cruciais, pois os venezuelanos têm a responsabilidade de eleger 285 representantes para a Assembleia Nacional, 260 deputados regionais e 24 governadores. As autoridades estaduais esperam que, apesar da atmosfera de insegurança, o pleito transcorra de maneira pacífica e ordenada, refletindo a vontade popular em meio a um cenário de polarização política.