Com a soltura desses jovens, o total de manifestantes liberados pelo governo chega a 56. Na última quinta-feira (29/08), outros 16 presos já haviam sido beneficiados com a liberdade, embora com a condição de se apresentarem à Justiça de oito em oito dias.
O advogado da Fórum Penal, Alfredo Romero, declarou que “pelo menos 40 adolescentes foram libertados hoje”, ressaltando a importância dessas ações humanitárias em um contexto de repressão política e social na Venezuela. As solturas ocorreram em diversas regiões do país, como Mérida, Táchira, Lara, Portuguesa, Yaracuy, Bolívar e Amazonas.
Ao todo, durante os protestos contra a eleição de Maduro, 114 adolescentes foram presos e acusados de crimes como terrorismo ou traição à pátria. A líder da oposição, María Corino, reagiu com indignação diante desse cenário, mencionando a brutalidade de prender jovens de apenas 13 ou 14 anos em condições carcerárias precárias.
As ações do governo venezuelano têm sido alvo de críticas internacionais, que enxergam nessas prisões arbitrárias uma violação dos direitos humanos e das liberdades individuais. Ainda assim, a expectativa é de que mais manifestantes sejam liberados nos próximos dias, ampliando a perspectiva de diálogo e reconciliação em um país marcado pela polarização e pela repressão política.
Dessa forma, a libertação desses adolescentes representa um pequeno avanço em meio a um cenário de incertezas e instabilidades na Venezuela, que busca superar a crise política e econômica que assola o país há anos.
