Rodríguez enfatizou que a história e a doutrina política da Venezuela, inspiradas nas ideias de Simón Bolívar, alinham-se com a proposta do BRICS de promover um mundo multipolar, livre de hegemonias. De acordo com a vice-presidente, as vastas reservas energéticas do país apresentariam uma contribuição significativa para a construção de uma nova ordem econômica internacional, que prioriza a solidariedade entre nações em desenvolvimento e a criação de um sistema mais equilibrado.
Durante a atual cúpula do BRICS em Kazan, Putin alertou que ignorar o crescente interesse de países do Sul Global e do Oriente em integrar o bloco seria um erro. O presidente russo reafirmou seu compromisso de apoiar a Venezuela na busca por um espaço dentro da organização, sublinhando a importância de manter a eficiência e o equilíbrio dentro do grupo, que já conta com mais de 30 países interessados em fazer parte dessa aliança.
Entretanto, o ingresso da Venezuela no BRICS não é um assunto consensual. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva indicou, em uma reunião anterior, que o Brasil deverá se posicionar contra a adesão da Venezuela, apontando que o país não cumpriu acordos internacionais, como os assinados durante as negociações mediadas pelo Brasil nas eleições presidenciais de 2024. Essa divergência de posições pode complicar a dinâmica dentro do BRICS, um bloco que busca construir uma alternativa aos modelos hegemônicos atualmente em vigor no cenário internacional.