Sua trajetória brilhante foi marcada por momentos de exaltação nas vitórias, críticas nas derrotas e um desabafo emblemático que acabou sendo adotado por artistas da cena musical brasileira. A lenda do futebol, com seu lema “vocês vão ter que engolir”, acabou tendo seu nome eternizado na história da Música Popular Brasileira.
O jovem Zagallo, ainda com sobrenome de apenas um L, apareceu pela primeira vez em uma canção em 1958. Na época, foi citado na música “Esquadrão Brasileiro”, gravada por Tonico & Tinoco, em celebração à primeira Copa do Mundo conquistada pelo Brasil. Décadas mais tarde, em 1970, depois da vitória do Brasil na Copa do México, ele foi mencionado em “O Caneco é Nosso”, de Teixeirinha, reconhecendo a campanha vitoriosa da seleção.
No entanto, nem todos os versos dedicados a Zagallo foram tão positivos. Em “Camisa 10”, música lançada antes da Copa de 1974, o técnico foi alfinetado por Luiz Américo, que criticou duramente as escolhas e táticas de Zagallo. No entanto, essas críticas não afetaram a importância do técnico, que também foi lembrado em outras músicas, como “A fera de ouro” e “Abra o olho”.
Entretanto, foi a sua declaração enérgica após a conquista da Copa América em 1997 que teve o maior impacto na cena musical brasileira. O desabafo “vocês vão ter que me engolir” se encaixou perfeitamente nos versos de artistas de rap, funk, trap e slam, desafiando o estabelecido e valorizando quem os declama.
Artistas como Marcelo D2, Jhet Oficial, MC Marks, Anavitória, entre outros, incorporaram o lema de Zagallo em suas músicas, adaptando-o para diferentes contextos e desafios na vida cotidiana. Assim, o legado de Zagallo na música brasileira vai muito além das canções folclóricas dedicadas aos títulos da seleção, mostrando que sua influência vai muito além do campo de futebol.