Varejistas online notificadas pela venda de celulares irregulares representam ameaça à segurança e saúde dos consumidores, alerta Senacon


O aumento das vendas de celulares irregulares no Brasil tem preocupado as autoridades e impactado o mercado de eletrônicos. No início deste ano, esses aparelhos já representavam 21% do total do mercado, levando a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) a notificar grandes varejistas online como a Amazon e o Mercado Livre.

A Senacon, por meio do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), deu um prazo de 48 horas para que as varejistas removessem os anúncios de 50 vendedores de smartphones irregulares em suas plataformas. A denúncia foi feita pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Segundo fontes envolvidas na investigação, os aparelhos irregulares entram no Brasil principalmente pelo Paraguai, envolvendo diversas importadoras e empresas de pequeno porte, geralmente com marcas chinesas. Esse problema se intensificou após a pandemia, com um aumento significativo nas vendas, chegando a 5,5 milhões de unidades comercializadas no ano passado.

Esses smartphones irregulares vendidos nas plataformas online não possuem o selo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que representa um risco à segurança dos consumidores, pois muitos não possuem manual em português, carregadores padrão, garantia ou assistência técnica autorizada no Brasil.

O secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, afirmou que esses produtos representam uma ameaça à saúde dos consumidores, expondo-os a campos elétricos e magnéticos acima dos limites estabelecidos pela Anatel. Além disso, esses smartphones não são tributados como os produtos do mercado formal, levando a preços abaixo do mercado.

Diante dessa situação, tanto o Mercado Livre quanto a Amazon se pronunciaram, afirmando que atuam para coibir qualquer uso indevido de suas plataformas e garantir que os produtos vendidos sejam legais e dentro das normas estabelecidas. Irregularidades identificadas podem resultar na expulsão dos lojistas de suas plataformas.

Em suma, o comércio de smartphones irregulares é um problema em crescimento no Brasil, e medidas estão sendo tomadas para garantir a segurança e qualidade dos produtos comercializados, bem como a proteção dos consumidores contra possíveis riscos à saúde.

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