Mike Reynolds, superintendente do parque, enfatizou a gravidade dessa situação em comunicado oficial. “Acabamos de experimentar o mês mais quente da história no lugar mais quente da Terra. Seis dos dez verões mais quentes ocorreram nos últimos dez anos, o que deve servir de alerta”, afirmou Reynolds, destacando a urgência de ações frente ao aquecimento global. Ele também alertou os visitantes sobre a necessidade de preparação adequada para enfrentar as extremas condições climáticas do parque durante o verão.
Em julho, a temperatura mais alta do mês foi registrada no dia 7, atingindo 54ºC, conforme dados da estação meteorológica instalada em Furnace Creek. Além disso, houve nove dias em que as temperaturas excederam 51,7°C, e apenas sete dias no mês em que as temperaturas ficaram abaixo de 48,9°C. Este cenário fez com que até mesmo as noites fossem quentes, com a temperatura média noturna alcançando 35,1°C, proporcionando pouco alívio após o pôr do sol.
O calor extremo também gerou uma série de incidentes graves. “Em julho, os guardas florestais atenderam a vários incidentes relacionados ao calor com risco de morte, incluindo uma fatalidade em que o calor foi um fator e outro incidente em que um homem teve de ser resgatado das dunas de areia depois de perder seus chinelos e sofrer queimaduras de segundo grau”, informou o parque. No dia 7, um motociclista sucumbiu ao calor extremo, vindo a falecer quando a temperatura marcava 53,3°C.
Para os turistas que planejam visitar o Vale da Morte durante o verão no Hemisfério Norte, os guardas florestais recomendam uma série de precauções. É aconselhável que os visitantes fiquem a menos de 10 minutos a pé de um veículo com ar-condicionado, bebam bastante água, levem consigo lanches salgados para manter os níveis de sódio, além de utilizarem chapéus e protetor solar para proteger-se dos raios solares intensos.
Enfrentar essas condições adversas requer planejamento e precaução, já que as temperaturas extremas do Vale da Morte representam sérios riscos à saúde e à vida humana. A nova marca estabelecida pelo Parque Nacional do Vale da Morte serve como um lembrete urgente da realidade palpável das mudanças climáticas e da necessidade urgente de ações globais para mitigar seus efeitos.