Vacina brasileira contra mpox é prioridade da Rede Vírus para controlar emergência global, segundo Ministério da Saúde.

A criação de uma vacina brasileira contra a mpox é atualmente a prioridade da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

A vacina está sendo desenvolvida no Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais há aproximadamente dois anos. Em 2022, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG o material conhecido como “semente do vírus”, que é essencial para o desenvolvimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima para a produção da vacina.

O imunizante brasileiro será produzido com o vírus da mpox atenuado, seguindo a mesma tecnologia do imunizante adquirido pelo Ministério da Saúde, produzido por uma farmacêutica dinamarquesa. Este último foi elogiado por ter efeitos colaterais considerados leves.

O professor e pesquisador da UFMG, Flávio Fonseca que é membro da Rede Vírus e coordenador da CâmaraPox, explicou que estão sendo realizados estudos de escalonamento. Ele também afirmou que a tecnologia já está pronta para ser transferida para o setor produtivo, como os laboratórios públicos de Biomanguinhos/Fiocruz ou Butantan, em São Paulo, dependendo apenas das negociações necessárias.

Além disso, as vacinas contra a mpox serão utilizadas na prevenção, ou seja, na pré-exposição ao vírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência em saúde pública de importância internacional para a mpox devido ao aumento no número de casos. E, apesar dos boatos sobre lockdowns circulando nas redes sociais, a OMS desaconselhou qualquer tipo de isolamento social para interromper a transmissão da doença.

No Brasil, foram registrados 709 casos de mpox em 2024. O Ministério da Saúde informou que está negociando a compra de 25 mil doses da vacina dinamarquesa com a OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde. Desde a aprovação do uso provisório do imunizante pela ANVISA em 2023, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses e aplicou 29 mil.

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