USP elege novo reitor hoje; Aluisio Segurado é o favorito com foco em reformas e inclusão, desafiando Ana Lanna e Marcílio Alves na disputa.

Neste dia, a Universidade de São Paulo (USP) passará por um importante momento de decisão ao eleger seu próximo reitor. A votação, marcada para esta quinta-feira, contará com três chapas em disputa, todas formadas por membros da atual administração. O resultado desse pleito definirá a ordem dos nomes que comporão a lista tríplice a ser enviada ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que escolherá o novo reitor.

O médico Aluisio Segurado, atual pró-reitor de graduação e apoiado pelo reitor Carlos Carlotti Jr., é considerado o principal candidato, tendo vencido uma consulta informal realizada entre a comunidade acadêmica há duas semanas, onde recebeu cerca de 10 mil votos. A eleição se dará em uma assembleia composta por aproximadamente 2 mil votantes, incluindo membros do Conselho Universitário e outras entidades administrativas, em um universo que abrange mais de 120 mil pessoas, entre alunos, docentes e funcionários.

Os votos serão coletados por meio de um sistema eletrônico, disponível das 9h às 18h. A expectativa é de que os resultados sejam divulgados ainda na noite do mesmo dia, por volta das 20h. Segurado enfrentará concorência da arquiteta Ana Lanna, atual pró-reitora de diversidade e inclusão, e do engenheiro Marcílio Alves, diretor-executivo da Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP).

Durante a campanha, temas como a reforma tributária se destacaram nas discussões, especialmente em relação à previsão de receita da USP e a adequação orçamentária, dado que a universidade atualmente depende de uma cota da arrecadação do ICMS no estado. Cada chapa apresentou propostas para enfrentar esses desafios, além de sugestões para melhorar a estrutura interna da instituição.

A chapa “USP Pelas Pessoas”, liderada por Segurado, focou em aprimorar a docência por meio de propostas como um curso de mentoria para novos professores e um código de conduta para o uso da inteligência artificial na academia. Segurado ressaltou a importância de uma liderança participativa e comprometida com a comunidade.

Por sua vez, Ana Lanna, à frente da chapa “Nossa USP”, enfatizou a necessidade de uma autonomia acadêmica que transcenda as questões financeiras, propondo reformas que tornem os planos de carreira mais claros para docentes e funcionários. A terceira chapa, “USP Novo Tempo”, encabeçada por Marcílio Alves, propõe mudanças na gestão financeira da universidade, visando aumentar a oferta de cursos pagos e parcerias com o setor privado, sem comprometer o caráter público da USP.

Os candidatos têm interagido de forma cordial durante os debates, que aconteceram em diferentes campi da USP, refletindo um respeito mútuo apesar das divergências. As discussões sobre o futuro da instituição e suas diretrizes irão, sem dúvida, impactar não apenas a estrutura interna, mas também o papel da USP na sociedade e na educação superior brasileira.

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