De acordo com a CNC, a estabilização da taxa de juros do cheque especial, a renda média sem grandes variações e a desaceleração da queda da taxa de juros podem ser fatores que contribuíram para essa redução no uso do crédito especial. Por outro lado, o percentual de famílias com dívidas a vencer teve uma alta de 78,8% no último mês, o que representa o terceiro aumento consecutivo.
Apesar do aumento no volume de dívidas, o percentual de famílias inadimplentes se manteve em 28,6% pelo segundo mês consecutivo. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, destacou que, mesmo com mais pessoas endividadas, a queda no uso do cheque especial e a estabilidade na inadimplência são indicativos positivos.
Tadros também ressaltou que o avanço no mercado de trabalho, conforme apontado pela Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da CNC, mostra uma maior parcela da população assalariada e, consequentemente, com melhores condições de realizar seus pagamentos. As projeções da CNC indicam que o endividamento deve continuar a subir, ao passo que a inadimplência deve se manter estável e aumentar mais próximo ao final do ano.
O percentual de famílias que não conseguirão pagar suas dívidas teve uma queda de 0,1 ponto percentual, encerrando maio em 12%. O tempo médio de atraso nas dívidas se manteve em 64 dias, enquanto a proporção de endividados inadimplentes por mais de três meses teve uma redução, chegando a 47,3% do total. Por outro lado, houve um aumento na parcela com atrasos entre 30 e 90 dias, representando 29,2% dos endividados.