As alegações contra ela ganharam força após a revelação de que, em 2020, a presidente teria negociado com Albert Bourla, o CEO da Pfizer, a compra de 1,8 bilhão de doses da vacina, totalizando um valor aproximado de € 35 bilhões, antes mesmo das vacinas passarem pelos testes clínicos. Este negociações foram realizadas de forma informal, predominantemente via mensagens de texto, e sem o devido consentimento dos estados membros da União Europeia.
Além disso, a presidente da Comissão Europeia se viu envolvida em um debate controverso ao enviar mensagens para seu marido, Heiko von der Leyen, que ocupa um cargo em uma empresa associada à Pfizer. O que complica ainda mais a situação é o fato de que todas essas mensagens teriam sido “acidentalmente” apagadas, uma afirmativa que aumentou as críticas em sua direção.
As denúncias levantadas pelo lobista belga Frederic Baldan incluem acusações de “usurpação de funções”, destruição de documentos públicos e corrupção. A primeira audiência sobre essas queixas ocorreu em maio de 2024, onde o tribunal confirmou a jurisdição sobre o caso, conhecido como Pfizergate, estabelecendo que não poderia ser remetido ao Ministério Público Europeu, de acordo com ricos interesses de von der Leyen.
Com a próxima audiência agendada para dezembro de 2024, o clima tenso se intensificou com um pedido de imunidade feito pelo EPPO, o organismo que von der Leyen ajudou a criar. Recentemente, a saúde de von der Leyen gerou novas preocupações ao interromper compromissos devido a um quadro de pneumonia grave.
Esses eventos ressaltam não apenas a vulnerabilidade das lideranças em tempos de crise, mas também levantam questões cruciais sobre a transparência e a ética nas altas esferas do poder europeu. Com a opinião pública cada vez mais atenta, as implicações desse caso podem resonar na política da União Europeia por muito tempo.