Universidade Federal de Alagoas recorre de decisão que determinou matrícula de estudante autista em Medicina, alegando falta de impedimentos significativos.

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está no centro de uma polêmica após entrar com recurso contra a decisão da Justiça Federal que determinou a matrícula de Davi Ramon da Silva Santos, um estudante autista de 21 anos, no curso de Medicina. Davi foi aprovado para o curso, porém teve sua matrícula negada na vaga destinada a pessoas com deficiência (PcD), mesmo apresentando um laudo médico que comprovava sua condição.

Segundo a Ufal, a banca biopsicossocial responsável pela avaliação do caso não identificou “impedimentos significativos” nas principais áreas da vida do candidato que justificassem sua inclusão na cota para PcD. A universidade argumentou que a avaliação considerou não apenas os aspectos clínicos do Transtorno do Espectro Autista (TEA), mas também os impactos sociais da condição de Davi.

Diante disso, a Ufal solicitou que a ação fosse julgada improcedente, alegando não ter cometido nenhum ato ilegal ou abusivo. A instituição defende que a avaliação realizada seguiu critérios técnicos e foi baseada em informações relevantes sobre o caso de Davi.

A decisão da Justiça Federal acabou gerando debates acerca da inclusão de pessoas com deficiência em instituições de ensino superior, levantando questões sobre os critérios utilizados para avaliação desses casos. A Ufal espera que o recurso apresentado seja acatado e que a matrícula de Davi seja revisada, respeitando os processos e critérios estabelecidos pela universidade.

A situação de Davi Ramon da Silva Santos coloca em pauta a importância da garantia dos direitos e da inclusão de pessoas com deficiência no ambiente acadêmico, reforçando a necessidade de políticas e práticas que promovam a igualdade de oportunidades para todos.

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