Uma das estratégias adotadas pela Unidos do Viradouro para criar um impacto visual foi o uso de iluminação cênica e fluorescente, além de materiais de trânsito, como os chamados “olhos de gato”. Ao todo, foram utilizados 200 metros desses materiais, distribuídos em 400 rolos, refletindo a luz e dando um efeito luminoso de grande impacto. Segundo Tarcísio, a tendência de utilizar luz cênica nos desfiles de carnaval está cada vez mais forte, e as escolas estão investindo em profissionais especializados nesse tipo de iluminação.
Desde a comissão de frente, a escola já deixou evidente a intenção de explorar ao máximo o aspecto visual e luminoso do desfile, com danças, performances e maquiagem fluorescente. As cores foram diluídas ao longo do desfile, ganhando destaque à medida que o céu clareava, criando um efeito visual que impressionou os espectadores.
O enredo em homenagem a Dangbé, que se manifesta no Brasil através do candomblé Jeje, contou com pesquisas e visitas à Bahia por parte dos integrantes da escola. O “alafiou”, momento em que os búzios indicaram que os caminhos estavam abertos para a confecção do enredo, foi marcante para a concepção do desfile. O carnavalesco também recebeu guias de líderes religiosos que foram utilizadas na apresentação da escola.
Com todos esses elementos, a Unidos do Viradouro encerrou os desfiles do Grupo Especial com um espetáculo visual e homenagem emocionante a Dangbé, conquistando o público e deixando uma marca inesquecível no Carnaval carioca.