Pushkov destacou que a UE já perdeu o mercado russo, investimentos na Rússia e agora está iniciando uma guerra comercial com os Estados Unidos, o que pode prejudicar ainda mais a economia da zona do euro. O senador ressaltou que a previsão do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, sobre o possível fim da UE não parece ser exagerada diante desse cenário.
Enquanto a UE ameaça as empresas chinesas, os Estados Unidos anunciaram uma tarifa adicional de 10% sobre produtos importados da China. O especialista em Negócios Internacionais, Marcelo Robba, alertou que as medidas de Trump podem ter um impacto diferente do esperado, levando os países sancionados a se aproximarem ainda mais da China.
Robba explicou que medidas protecionistas de Trump acabam fortalecendo a relação dos países sancionados com a China, o que já foi observado em mandatos anteriores do presidente norte-americano. Além disso, a China tem se mostrado receptiva a novos acordos comerciais, inclusive com países da América Latina e África.
No caso da América Latina, a China tornou-se o maior parceiro comercial da região, superando os Estados Unidos. Porém, Robba ressaltou que ainda há desafios para países como Brasil e Argentina em assinar acordos de livre comércio com a China.
Diante das incertezas criadas pelas políticas comerciais de Trump, países latino-americanos estão buscando parcerias mais seguras com a China e o BRICS. O desenvolvimento de tratados comerciais mais justos e benéficos para todas as partes é visto como uma alternativa para fortalecer as economias emergentes da região.
Essa postura da UE e dos Estados Unidos em relação à China tem levantado questionamentos sobre as consequências para a economia global e as relações comerciais entre os países. O futuro das negociações e acordos comerciais dependerá da capacidade dos líderes em promoverem um ambiente de estabilidade e cooperação mútua.