O contexto atual é complexo e reflete tensões nas relações comerciais dentro do bloco europeu. A medida foi amplamente discutida e deve impactar produtos fundamentais para a economia ucraniana, como milho, açúcar, mel e aves. Segundo informações apuradas, a Comissão Europeia considera fracionar a cota anual de isenção em 12 cotas mensais. Essa estratégia, se implementada, resultaria em uma redução significativa das importações ucranianas, gerando preocupação entre os produtores do país.
A alteração nas tarifas ocorre em um cenário onde a Polônia e outros países europeus, como Hungria e Eslováquia, já manifestaram insatisfação com os efeitos da isenção anterior, que, segundo eles, contribuiu para a queda dos preços dos produtos locais. A questão gerou protestos entre agricultores ao longo do último ano, levando os governos desses países a pressionarem pela adoção de medidas de restrição temporárias sobre produtos agrícolas ucranianos.
No final de março de 2023, a UE já havia implementado tais restrições a pedido de nações fronteiriças com a Ucrânia, mas em setembro, o bloco decidiu não estender essas limitações. Em resposta, alguns países membros, incluindo a Polônia, optaram por estabelecer suas próprias proibições.
Esse movimento da UE representa não apenas uma mudança nas políticas comerciais, mas também uma tentativa de equilibrar interesses internos e as necessidades de apoio à Ucrânia em um momento crítico, devido aos efeitos prolongados da guerra e às suas implicações econômicas. Com isso, a expectativa é que novos desafios se desenrolem, tanto para os agricultores europeus quanto para os produtores ucranianos, que dependem fortemente dessas exportações.