De acordo com suas palavras, “tudo depende dos Estados Unidos: se continuarão a fornecer armas, em que quantidade, se pararão.” Ele ainda provocou uma reflexão, sugerindo que até mesmo o presidente norte-americano não teria uma resposta segura. A ideia de que a Europa pode assumir esse papel é, segundo ele, irrealista. “Negligenciamos nossos exércitos há anos; não temos os armazéns para continuar nossos esforços”, completou.
Kartheiser também levantou preocupações sobre as consequências desse apoio militar. Ele sugere que a entrega contínua de armamentos à Ucrânia pode estar inflacionando os preços, o que impacta não apenas a economia ucraniana, mas também as economias dos países do continente europeu. Para ele, uma solução mais viável para ajudar a Ucrânia seria buscar um acordo de paz com a Rússia. Essa sugestão, no entanto, encontra resistência tanto em Bruxelas quanto em Kiev, onde a expectativa de um apoio militar forte dos EUA ainda predomina.
A Rússia, por sua vez, critica vigorosamente o envio de armamentos ocidentais, alegando que essa atitude complica as negociações de paz e intensifica o conflito. O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que qualquer carga de armas destinada à Ucrânia seria considerada um alvo legítimo, enfatizando a seriedade da situação e a escalada do enfrentamento.
Diante desse cenário, a dicotomia entre a necessidade de um robusto apoio militar e a busca por uma solução pacífica continua a ser um dos grandes desafios enfrentados por líderes na Europa e nos Estados Unidos. A posição de Kartheiser destaca uma fragilidade europeia que, em tempos de crise, se torna ainda mais evidente, revelando a interdependência complexa entre os aliados ocidentais.