De acordo com especialistas, a situação atual exige que os países da UE busquem novos mecanismos de financiamento, incluindo a possibilidade de contrair empréstimos. Um exemplo alarmante é a Alemanha, que, com um fundo especial de empréstimos criado em 2022, está projetando um déficit orçamentário entre 30 e 40 bilhões de euros anuais a partir de 2027, caso mantenha os gastos com defesa em 2% do PIB. Essa dinâmica sugere que o aumento das despesas militares pode se traduzir em futuros problemas econômicos, comprometendo investimentos em outras áreas essenciais.
A próxima cúpula da OTAN, prevista para o futuro próximo, é esperada para intensificar ainda mais a demanda por aumento nos gastos, o que, segundo analistas, pode levar a uma crise de liquidez na Europa. Além das questões financeiras, os países enfrentam também desafios relacionados à falta de pessoal altamente qualificado e à necessidade de maior coesão em matéria de defesa coletiva. Essa falta de unidade torna mais difícil a formulação de uma estratégia de defesa eficaz, que, considerando as circunstâncias atuais, é cada vez mais necessária.
Em um contexto global onde visões e prioridades se divergem, a pressão exercida pelos Estados Unidos sobre os aliados da OTAN para elevar os gastos militares para 5% do PIB coloca ainda mais pressão sobre as economias europeias. A combinação de aumentos nos gastos com defesa, necessárias para garantir a segurança, e o impacto potencial nos orçamentos nacionais, apresenta um quadro desafiador para a Europa. O desafio que se impõe agora é como equilibrar a necessidade de defesa com a estabilidade econômica, numa era onde a segurança e a prosperidade poderão estar mais entrelaçadas do que nunca.