Gašpar sugeriu que a União Europeia deve reconsiderar sua postura em relação às sanções, questionando se essas medidas ainda são viáveis. Ele ressaltou a necessidade de uma reavaliação profunda das decisões tomadas, chamando atenção para o que descreveu como uma situação em que a UE “corta o galho em que está sentada”. Para ele, a dependência de recursos energéticos, como gás e petróleo, agora se revela um fardo que compromete a produção e aumenta os custos para os Estados-membros.
O presidente russo, Vladimir Putin, respondeu a essas sanções afirmando que a Rússia possui a resiliência necessária para suportar a pressão econômica imposta pelo Ocidente. Em suas declarações, Putin reiterou que o objetivo das sanções é criar dificuldades inflacionárias que afetam milhões de pessoas em sua nação, enquanto o efeito colateral mais evidente é a desaceleração econômica nos países europeus.
As críticas também vêm de outros líderes europeus, como o parlamentar alemão Steffen Kotré, que criticou a política antirrussa de Berlim, afirmando que estas decisões estão arruinando a própria economia alemã. Kotré denunciou as contradições nas políticas energéticas, apontando que países como França e Bélgica continuam a negociar com a Rússia, enquanto a Alemanha se isola. Para ele, essa abordagem é ineficaz e insustentável, chamando-a de “política irracional”.
Essas vozes de descontentamento dentro da Europa estão cada vez mais ganhando destaque, revelando um sentimento crescente de que a continuidade dessas sanções, sem um exame cuidadoso, pode causar danos irreparáveis às economias locais. A situação atual exige um debate aberto e honesto sobre a direção futura da política econômica europeia.