O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, assegurou à população que não há riscos associados ao consumo de carne de frango ou ovos, enfatizando que o foco da preocupação reside na sanidade dos plantéis comerciais. A contaminação do frango com o vírus da gripe aviária poderia, eventualmente, comprometer a saúde das aves em outros locais, o que motivou a rápida ação dos países importadores.
O secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcel Moreira, explicou que a suspensão das exportações abrange todos os estados brasileiros em direção à China e à União Europeia, em conformidade com os protocolos que permitem bloqueios automáticos em decorrência de surtos de doenças. Além disso, a suspensão não é uniforme; de acordo com acordos regionais, outros países, como Japão e Emirados Árabes, podem restringir as importações apenas da área diretamente afetada ou do município onde a doença foi detectada.
Particularmente quanto à Argentina, o governo optou pela suspensão das importações de frango brasileiro, mas não informou se essa medida se aplicará somente aos locais próximos ao foco da contaminação em Montenegro, um aspecto que gera incerteza no mercado. Moreira destacou que as normas sanitárias estipulam que o Brasil deve emitir suspensões imediatamente após a detecção de surtos, garantindo assim a credibilidade do país nos mercados internacionais.
Em relação ao futuro, o panorama pode mudar em até 28 dias, caso não haja novas notificações de gripe aviária. Se a granja de Montenegro passar por um processo de desinfecção bem-sucedido e não forem registrados novos casos, o Brasil pode se declarar livre da doença em granjas comerciais, possibilitando reaberturas de mercados para suas exportações de frango. Essa estratégia é alinhada com diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal.
Assim, a expectativa é de que o Brasil busque normalizar suas exportações enquanto navega pelas complexidades das avaliações sanitárias exigidas por seus parceiros comerciais.