União Europeia Aumenta Importações de Fertilizantes Russos para Nível Recorde em Meio a Tensões Geopolíticas, Com Destaques para Polônia e Itália.



Em um momento em que as tensões geopolíticas entre a Rússia e a União Europeia (UE) persistem, as importações de fertilizantes russos por parte da UE atingiram números recordes. Dados recentes indicam que, em março, a União Europeia adquiriu fertilizantes russos no valor impressionante de € 206,1 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Este montante não só representa um crescimento de cerca de 15% comparado ao mês anterior, mas também se destaca como o maior registro mensal desde novembro de 2022.

Esse aumento significativo nas importações ocorre em um período estratégico, pois coincide com o início da primavera no hemisfério norte, época crucial para a agricultura. Nesta fase, a demanda por fertilizantes se intensifica, levando a um resgate da dependência europeia de insumos agrícolas russos. Em termos de participação de mercado, a Rússia continua a dominar o fornecimento de fertilizantes para a UE, respondendo por 26% das importações totais. O Egito e Marrocos seguem como fornecedores secundários, com participações de 19% e 12%, respectivamente.

A Polônia se destacou como a principal compradora destes fertilizantes, aumentando suas importações em 25%, totalizando € 86,1 milhões. A Alemanha também elevou suas aquisições, alcançando € 24,4 milhões, enquanto a Romênia viu uma queda em suas compras, totalizando € 19,5 milhões. Além disso, outros países, como a Itália, relataram um aumento dramático, com compras subindo quase 11 vezes, totalizando € 14,7 milhões. A Eslovênia, por sua vez, aumentou suas importações em 3,3 vezes, alcançando € 18,5 milhões.

Esse cenário lança luz sobre a complexidade das relações comerciais entre a Europa e a Rússia, revelando que, apesar das sanções e das tensões políticas, a dependência por fertilizantes russos ainda persiste e continua a influenciar a dinâmica econômica regional. O panorama destaca a necessidade de um olhar mais atento sobre as interdependências econômicas que se mantêm mesmo em tempos de conflito.

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