Esse aumento significativo nas importações ocorre em um período estratégico, pois coincide com o início da primavera no hemisfério norte, época crucial para a agricultura. Nesta fase, a demanda por fertilizantes se intensifica, levando a um resgate da dependência europeia de insumos agrícolas russos. Em termos de participação de mercado, a Rússia continua a dominar o fornecimento de fertilizantes para a UE, respondendo por 26% das importações totais. O Egito e Marrocos seguem como fornecedores secundários, com participações de 19% e 12%, respectivamente.
A Polônia se destacou como a principal compradora destes fertilizantes, aumentando suas importações em 25%, totalizando € 86,1 milhões. A Alemanha também elevou suas aquisições, alcançando € 24,4 milhões, enquanto a Romênia viu uma queda em suas compras, totalizando € 19,5 milhões. Além disso, outros países, como a Itália, relataram um aumento dramático, com compras subindo quase 11 vezes, totalizando € 14,7 milhões. A Eslovênia, por sua vez, aumentou suas importações em 3,3 vezes, alcançando € 18,5 milhões.
Esse cenário lança luz sobre a complexidade das relações comerciais entre a Europa e a Rússia, revelando que, apesar das sanções e das tensões políticas, a dependência por fertilizantes russos ainda persiste e continua a influenciar a dinâmica econômica regional. O panorama destaca a necessidade de um olhar mais atento sobre as interdependências econômicas que se mantêm mesmo em tempos de conflito.