Essa expulsão acontece em meio a uma crise interna no partido, que resultou no afastamento de Luciano Bivar da presidência. O advogado Antonio de Rueda atualmente ocupa o cargo. O processo de expulsão de Brazão foi liderado pelo senador Efraim Filho. A Câmara dos Deputados agora deve analisar a prisão do deputado, que terá seu caso encaminhado após a comunicação oficial do Supremo Tribunal Federal.
A operação que resultou na prisão de Chiquinho Brazão foi denominada “Murder Inc.” e envolveu ainda a prisão de seu irmão Domingos e do ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, suspeitos de serem os mandantes do crime. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que recentemente homologou a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor dos assassinatos. Lessa citou Brazão em sua delação, o que levou o caso a ser federalizado e passar para a responsabilidade do STF.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, as investigações apontam que a motivação do crime estava ligada à oposição de Marielle Franco ao grupo dos mandantes do crime, que buscava regularizar terras para fins comerciais. A vereadora defendia o uso dessas propriedades para moradias populares, o que entrava em conflito com os interesses do grupo envolvido. A Polícia Federal continua conduzindo as investigações para esclarecer totalmente o caso e responsabilizar os culpados.