Leite explicou que a reunião teve como objetivo esclarecer dúvidas e discutir episódios que ocorreram ao longo do governo. Segundo ele, houve muitas intrigas e confusões que foram devidamente resolvidas. O presidente da Câmara não entrou em detalhes sobre os assuntos tratados, mas destacou que Nunes esclareceu pontos importantes, adotou novas posturas e isso contribuiu para uma melhora no relacionamento entre eles.
Embora o União Brasil ainda não tenha declarado oficialmente o seu apoio à reeleição de Nunes, a tendência é que a decisão seja tomada pela Executiva municipal do partido, após a oficialização da candidatura do prefeito em um evento marcado para o dia 3 de agosto. A direção nacional do União Brasil indicou ao coordenador da campanha de Nunes que o partido deve apoiar o MDB em São Paulo, mas ressaltou que isso depende de um acordo entre o prefeito e Milton Leite.
A aliança entre Nunes e Leite enfrentou momentos de turbulência após o presidente da Câmara criticar a falta de diálogo com o prefeito e ameaçar retirar seu apoio ao projeto de reeleição. Em uma tentativa de pressionar Nunes, uma ala do União Brasil ameaçou lançar Milton Leite como candidato a prefeito na convenção do partido. Por outro lado, o União Brasil também cogitou apoiar o ex-coach Pablo Marçal, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, mas as negociações não avançaram.
A insatisfação de Leite com Nunes também está relacionada à indicação de Ricardo de Mello Araújo, ex-comandante da Rota, como pré-candidato a vice na chapa do prefeito. Leite almejava ocupar esse espaço e tem uma lista de pedidos ao prefeito, incluindo maior participação na gestão municipal e questões relacionadas à Lei de Zoneamento. Apesar dos desafios enfrentados pela aliança, as negociações continuam em andamento visando o apoio do União Brasil à reeleição de Ricardo Nunes em São Paulo.