Thaíse Duarte mudou a cor dos cabelos e estava em fuga quando foi capturada
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) apresentou à imprensa a última acusada de participar do esquartejamento de um homem no último dia 12. Thaise Nascimento Duarte foi presa nesta quinta-feira (27), quando tentava fugir para Pernambuco na companhia de um homem acusado de outros crimes. O ato que estarreceu o Estado vitimou Genaldo dos Santos, 46 anos, que foi arrastado da casa onde morava, em Arapiraca, e levado até o município de Girau do Ponciano.
Lá, o rapaz foi lacerado por Romário dos Santos Silva, 26 anos; Ubirajara da Silva Santos, 26 anos; pelo taxista Eduardo Fernandes dos Santos, 30 anos; Brimax Silva Lisboa, 24 anos, Thaíse Nascimento Duarte, 19 anos, e a menor M.C.B.S, de 14 anos.
Os outros acusados foram presos cinco dias após o crime, enquanto Thaíse permaneceu foragida até esta quinta-feira, quando foi capturada por policiais do 2º Batalhão de Polícia Militar e da Radiopatrulha, em conjunto com o trabalho de investigação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic).
Thaíse admitiu ter participado do assassinato de Genaldo após ter visto em uma rede social que ele teria estuprado e enforcado duas crianças em Pernambuco. “Ela (Thaíse) estava sendo monitorada pela Inteligência da Polícia Civil e do Gecoc e, desde ontem (26), estávamos muito próximo dela”, admitiu o secretário de Segurança Pública, Lima Júnior.
Segundo o secretário, a investigação continua para descobrir o real motivo da atrocidade. “O Estado de Alagoas tem dado a resposta que qualquer sociedade gostaria de ter. Esse crime foi de uma crueldade tão grande, tão rodeado de perversidade, que a gente demora a acreditar”, declarou Lima Júnior.
Fuga
Thaíse Duarte estava em companhia de Claudemir Henrique Evangelista, 36 anos, quando foi capturada nas imediações de União dos Palmares. Eles pretendiam chegar ao vizinho Estado de Pernambuco.
Segundo o delegado Mário Jorge, diretor da Deic, Claudemir comete crimes contra sacoleiros que fazem compras nas cidades pernambucanas. “Thaíse faz parte de uma organização que tem ligações com outros estados”, disse o delegado.
A acusada disse que, depois do crime, não teve mais contato com a família, que desaprovou completamente a ação dela.
Amélia Sandes – Agência AL
27/10/16