O projeto do Inventário do Patrimônio Cultural e Imaterial (IPCI Maceió) foi apresentado durante uma reunião realizada na última quarta-feira (9), que contou com a presença do reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, representantes do Ministério Público Federal e do Ministério Público de Alagoas, além de outros parceiros envolvidos no caso Braskem. Os pesquisadores do IPCI, Clair Júnior e Juliana Barretto, juntamente com as coordenadoras Josemary Ferrare e Adriana Guimarães, expuseram os resultados preliminares do trabalho realizado desde fevereiro deste ano.
A equipe do IPCI contou com a colaboração de 21 agentes comunitários de pesquisa, a maioria ex-moradores dos bairros afetados pela mineração, para construir a cartografia social do projeto. O reitor destacou a relevância do trabalho realizado, ressaltando a importância de preservar o patrimônio histórico e cultural das comunidades afetadas. A procuradora-chefe Roberta Bonfim também enfatizou a importância da parceria com a Ufal, destacando a credibilidade que a universidade traz para o projeto.
O historiador Clair Júnior destacou os desafios enfrentados durante o processo de pesquisa e a importância da transparência no trabalho desenvolvido. Ele também anunciou a formatação de um termo de cooperação entre a Ufal e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o uso do banco de dados inédito gerado pelo IPCI. Os resultados obtidos até o momento serão integrados às medidas previstas no acordo socioambiental firmado entre a Braskem e os órgãos públicos, visando a compensação social das comunidades afetadas.
Em resumo, o trabalho do IPCI Maceió representa um importante esforço para preservar a cultura e a memória das comunidades atingidas pela mineração, evidenciando a importância da colaboração entre universidades, órgãos públicos e a sociedade civil na reconstrução e preservação do patrimônio cultural alagoano.