A diretora do MTB, Hildeía Oliveira, destacou a importância do evento para a valorização da ancestralidade presente na cultura alagoana e brasileira. Ela ressaltou que o museu está sempre aberto para manifestações culturais que promovam a reflexão e o diálogo sobre questões relevantes da sociedade.
Durante a roda de conversa “Descolonizando a arte a partir da ancestralidade feminina”, a cientista social Tamara Caetano abordou a importância de reconhecer e valorizar a ancestralidade negra na construção da identidade individual e coletiva. A oficina “Ritmo e história do maracatu”, ministrada pelo percussionista Wilson Santos, também trouxe reflexões sobre a conexão entre o sagrado e o material nas tradições africanas.
As apresentações musicais ocuparam um lugar de destaque no evento, com a participação do Centro Cultural Oya Mesan, do multiartista Igbonan Rocha, dos grupos Afro Dendê, Capoeira Sementes do Brasil, Afro Afoxé e Samba de Roda Posu Beta, além do Maracatu Yá Dandara e da Escola de Samba Gaviões da Pajuçara. A Orquestra de Tambores de Alagoas encerrou a noite com músicas que celebravam a ancestralidade preta e a presença feminina.
Para Helen Victória, estudante de Relações Públicas da Ufal, eventos como o Festival Yá Dandara são fundamentais para o resgate da cultura ancestral e a valorização da identidade negra na sociedade contemporânea. Ela ressaltou a importância de iniciativas que promovam a diversidade e o acesso à cultura para todos os públicos.
O 2º Festival Yá Dandara foi realizado com o apoio da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e do Museu Théo Brandão (MTB), reafirmando o compromisso das instituições com a promoção da diversidade e da cultura afro-brasileira.