Cláudio Sampaio, conhecido como Biua, é docente da Ufal e está envolvido em diversas ações para mitigar os impactos e implementar medidas de manejo da espécie invasora. O evento em Fernando de Noronha foi organizado pelo ICMBio, com apoio de instituições como a Ufal, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o Projeto Conservação Recifal, a Administração de Fernando de Noronha, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, a Associação Noronhense das Empresas de Mergulho Autônomo, a operadora de mergulho Sea Paradise e o restaurante Mirante do Boldró.
Cerca de 20 instrutores de mergulho foram capacitados com aulas teóricas e práticas durante o evento. Sete exemplares de peixe-leão foram capturados durante um mergulho e encaminhados para estudos na Ufal. Além disso, na Semana do Peixe-leão, o professor Buia também compartilhou informações no hospital São Lucas, direcionadas a médicos, enfermeiros e equipes da Samu, visando a preparação para possíveis acidentes envolvendo essa espécie.
O público não se restringiu aos profissionais de mergulho e da saúde. Na Escola Estadual de Fernando de Noronha, 120 crianças e adolescentes, juntamente com professores, participaram de palestras sobre os perigos da bioinvasão do peixe-leão, um animal peçonhento capaz de causar acidentes graves com seus espinhos. Para combater essa ameaça, o Parque Nacional Marinho e a Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha uniram esforços com outras áreas marinhas protegidas no Brasil que também foram invadidas pelo peixe-leão.
A Ufal está integrada a uma rede de pesquisadores e instituições dedicadas a avaliar a invasão do peixe-leão no país, explorando diversas áreas do conhecimento. Com estudos sobre idade, crescimento, reprodução, parasitas, metais, densidade, microbiologia, dieta e muito mais, a universidade busca compreender a fundo essa ameaça e propor soluções eficazes para o manejo e conservação dos ecossistemas afetados.
O engajamento de pesquisadores e parceiros demonstra a responsabilidade das instituições de ensino e gestores públicos em atender às demandas da sociedade em relação à preservação da biodiversidade marinha. A união de esforços e a constante expansão das pesquisas refletem o compromisso em reduzir os impactos negativos do peixe-leão nas atividades de pesca e turismo, garantindo a sustentabilidade dos ecossistemas marinhos para as futuras gerações.