Segundo o estudante José Isnaldo, a descoberta é significativa, pois não havia registros anteriores da espécie na flora do estado. A pesquisa foi publicada no Brazilian Journal of Biology e destacou que as áreas onde a A. variegata foi encontrada são características de floresta secundária desprotegida, vulneráveis à recolha ilegal de madeira e outros recursos, bem como ao uso para pecuária extensiva e agricultura.
As amostras coletadas foram depositadas nos herbários do Campus Arapiraca da Ufal e do Instituto do Meio Ambiente (IMA) em Maceió, sob os números ARA000090 e MAC70259. Os pesquisadores enfatizam que o estudo não apenas registra a espécie, mas também investiga suas implicações ambientais e estratégias de conservação. Eles ressaltam a importância de compreender a biodiversidade local para o desenvolvimento de estratégias eficazes de conservação, especialmente diante das ameaças que a orquídea enfrenta.
Recomenda-se atenção especial ao ecótipo de A. variegata nativo de Alagoas, adaptado às condições da Mata Atlântica, para que suas populações naturais sejam submetidas a estratégias de conservação no local. Os pesquisadores sugerem a coleta e propagação de sementes por meio de técnicas in vitro para garantir a conservação e translocação de indivíduos para áreas protegidas. Essa pesquisa é fundamental para a preservação da biodiversidade local e para o desenvolvimento de ações de conservação eficazes.