O jovem acadêmico compartilhou suas expectativas e intenções ao aderir a esse compromisso de grande responsabilidade. “Espero poder ajudar ao máximo na aplicação dos recursos da multa de R$ 150 milhões pelos danos morais coletivos”, comentou. Cauã também enfatizou a relevância de suas pesquisas anteriores, desenvolvidas sob a orientação da professora Natallya de Almeida Levino, que abordarão não apenas o caso Braskem, mas também outros desastres ambientais correlatos. Este trabalho tem como objetivo proporcionar uma visão econômica bem-informada aos projetos de reparação desenvolvidos pelo comitê.
Sob a coordenação do Comitê Gestor dos Danos Extrapatrimoniais, o grupo executa uma série de funções cruciais, tais como a análise e eleição de projetos e ações a serem financiados com os recursos oriundos das indenizações. Essa atribuição também demanda uma interlocução contínua com o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de Alagoas, assegurando a transparência e a eficácia na aplicação dos recursos destinados aos danos sociais e morais coletivos causados pela extração de sal-gema pela Braskem em Maceió.
O comitê, cuja formação foi estabelecida no termo de acordo socioambiental firmado na ação civil pública nº 0806577-74.2019.4.05.8000, é composto por representantes da sociedade civil e de órgãos públicos, além de seus suplentes, todos selecionados por meio de um edital. Atualmente, o comitê desenvolve suas atividades em parceria com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), que faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU). A Unops é encarregada da gestão completa dos projetos e presta assistência ao Programa Nosso Chão, Nossa História, uma iniciativa voltada para reparar os danos morais coletivos causados pelo afundamento do solo em Maceió e mitigar suas consequências.
Cauã Queiroz Fernandes de Sousa já tomou posse e exercerá seu papel de membro titular do comitê até dezembro de 2026. Com seu envolvimento, espera-se que haja um impacto significativo na formulação e implementação de soluções que beneficiarão diretamente a comunidade afetada, destacando a importância da integração entre academia e práticas de justiça socioambiental.