Em uma entrevista exclusiva, Erick compartilhou sua felicidade e gratidão por essa oportunidade. Ele ressaltou que, além de representar Alagoas, esse feito é resultado de todo o esforço e dedicação investidos em seus estudos e pesquisas sobre as relações étnico-raciais. Para ele, essa conquista reforça seu compromisso em continuar lutando por uma educação que valorize as identidades negras e combata o racismo.
O principal objetivo desse intercâmbio é promover a troca de conhecimentos e experiências que contribuam para o combate ao racismo, além de valorizar a História e Cultura Africana e da Diáspora Africana. Erick, que participa do Grupo de Estudos Sobre Educação Antirracista (Gear) coordenado pela professora Juliele Sievers, está animado para desenvolver atividades em eventos científicos, visitas a escolas e locais históricos, e dialogar com movimentos sociais locais.
Além disso, o estudante planeja focar sua pesquisa em um ensino de Filosofia que vá além do modelo tradicional, integrando epistemologias negras. Ele acredita que essa vivência em Cabo Verde, um país com uma rica história de resistência e luta, proporcionará um crescimento acadêmico e humano significativo.
Para representar a Ufal nesse intercâmbio, Erick tem se preparado com o apoio de sua família, principalmente de sua mãe e avó, e da orientadora Juliele. Juntos, eles desenvolveram artigos relevantes, como “Os Atravessamentos entre a Necropolítica e o Pacto Narcísico da Branquitude”, que será apresentado em breve como seu Trabalho de Conclusão de Curso na licenciatura em Filosofia da Ufal.
A professora Juliele elogiou o empenho de Erick, destacando sua participação ativa no Grupo de Estudos sobre Educação Antirracista. Ela espera que essa oportunidade fortaleça as relações institucionais entre a Ufal e a Universidade de Cabo Verde, principalmente no que diz respeito à educação antirracista.
Dessa forma, Erick Silva se prepara para embarcar nessa jornada de aprendizado e troca de experiências, com a missão de trazer todo esse conhecimento de volta para sua comunidade acadêmica e contribuir para os debates sobre educação e raça no Brasil.
