Esse modelo inovador foi concebido a partir de avanços tecnológicos, décadas de pesquisas arqueológicas e uma extensa base de dados geoambientais, incluindo informações relevantes sobre o relevo, solos e redes hidrográficas da região. Utilizando um algoritmo próprio e análises probabilísticas, a ferramenta foi criada com o intuito de atender às demandas do processo de licenciamento ambiental, identificando de forma prática e eficiente áreas com potencial de impacto ao patrimônio arqueológico antes da realização de obras.
O professor Kleython ressaltou a importância desse avanço, destacando que o Modelo Digital proporciona uma redução da incerteza no planejamento e execução de obras, além de prever custos e cronogramas associados a estudos arqueológicos. Ele enfatizou a relevância de discutir como essa ferramenta pode contribuir para o planejamento de obras, garantindo a preservação do patrimônio arqueológico alagoano e promovendo o uso mais eficiente de recursos.
Os estudos para o desenvolvimento desse modelo contaram com a colaboração de mais de dez estudantes do curso de Geografia, dois do curso de História e três pós-graduados em Geografia, além de outros colaboradores. A parceria também envolveu a Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e a Equatorial, demonstrando o caráter multidisciplinar e o alcance desse projeto inovador.
Em suma, o Modelo Digital de Impacto ao Patrimônio Arqueológico de Alagoas representa um avanço significativo no campo da preservação do patrimônio cultural, oferecendo uma ferramenta poderosa para gestores públicos, empresas e pesquisadores no planejamento e execução de obras, alinhado às exigências legais e garantindo a conservação do rico patrimônio arqueológico da região.