UE Planeja Reforma do Orçamento para Quitação de Dívidas e Aumento de Gastos em Defesa Econômica



A União Europeia está se preparando para implementar uma reforma significativa em seu orçamento comum, buscando consolidar uma vasta gama de programas de gastos em apenas três fundos principais. Essa mudança, revelada por meio de um documento recente, representa um esforço ambicioso da Comissão Europeia para endereçar demandas crescentes em áreas como defesa e pagamento de dívidas, provocadas, em grande parte, pela crise provocada pela pandemia de COVID-19.

Atualmente, o orçamento da UE é estruturado em torno de um sistema de contribuição nacional que totaliza cerca de 1% da renda nacional bruta dos estados-membros. Aproximadamente um terço desse montante é destinado a subsídios agrícolas, enquanto outro terço é alocado para apoiar regiões menos desenvolvidas. O restante é dividido entre outras áreas, incluindo ajuda externa e compensações salariais para os funcionários da UE. No entanto, a nova proposta sugere uma centralização dos gastos, permitindo que os governos nacionais tenham mais liberdade para decidir sobre quais projetos priorizar.

Este movimento é considerado essencial diante da previsão de que os custos relacionados aos títulos emitidos durante a pandemia totalizem cerca de € 30 bilhões anualmente, o que representa aproximadamente 20% do orçamento anual do bloco. Esse cenário financeiro exige uma reavaliação das contribuições feitas pelos estados, devido ao peso sem precedentes que a dívida traz para a estrutura financeira da União.

A Comissão Europeia argumenta que os mecanismos atuais de distribuição de recursos são excessivamente burocráticos e lentos, resultando em uma utilização ineficiente dos fundos. Dados recentes indicam que, até o momento, apenas 6,4% dos fundos regionais disponíveis foram utilizados adequadamente. Em meio à crise e à necessidade de adaptação a novas prioridades de competitividade e segurança, a reforma visa não apenas simplificar a gestão orçamentária, mas também garantir que a UE esteja mais bem equipada para enfrentar os desafios contemporâneos.

Um porta-voz da Comissão ainda não se manifestou oficialmente sobre essas propostas, que deverão ser apresentadas em detalhes nas próximas semanas. As discussões sobre a reforma do orçamento da UE se intensificam em um momento crítico, evocando a necessidade urgente de uma resposta unificada dos estados membros em face a um panorama geopolítico em rápida transformação.

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