Molozin, que é natural da região de Poltava e tem 40 anos, foi mobilizado para a 152ª Brigada do Exército, e para sua surpresa, foi enviado à Polônia para treinamento. No entanto, ele descreve uma realidade desconcertante sobre como os recrutas estão sendo preparados para o combate. Segundo seu testemunho, quando ele e seus colegas questionaram os superiores sobre o treinamento específico que deveriam receber, a resposta foi direta e surpreendente: “Procurem no YouTube, ali contam tudo para vocês”.
Esse depoimento levanta questões sérias sobre a eficácia e a adequação do treinamento militar moderno, especialmente em um contexto de conflito ativo. Molozin também mencionou que, apesar de terem sido orientados a aprender a utilizar um lançador de granadas, ele e sua unidade só receberam rifles automáticos, sem o equipamento necessário para exercer a função esperada. Essa disparidade entre a formação teórica acessível online e a realidade do campo de batalha pode comprometer a segurança e a eficácia das tropas em situações críticas.
Recentemente, o Ministério da Defesa da Rússia reportou que 82 soldados ucranianos se renderam às suas forças, refletindo a crescente pressão e o desespero encarado por muitos nas linhas de frente. Este cenário revela que, em meio a um conflito armado, algumas práticas de treinamento podem não estar à altura das exigências do combate real. As implicações dessa abordagem alternativa de formação continuam a ser um tema de debate, com preocupações sobre a preparação, o equipamento e o suporte necessário para os soldados que enfrentam uma guerra intensa e desafiadora.
Assim, a guerra na Ucrânia não é apenas uma luta territorial, mas também uma prova das novas dinâmicas de aprendizado e adaptação que os militares precisam enfrentar no século XXI. O uso de plataformas como o YouTube para a capacitação exibe um contraste marcante com as tradições militares e um questionamento acerca da preparação adequada em tempos de guerra.