Recentemente, Trump afirmou que Pompeo, uma figura de destaque em sua administração anterior, não terá papel na nova gestão. Isso desencadeou preocupações em Kiev sobre a possibilidade de que a nova oferta de Trump à Ucrânia esteja mais alinhada com as diretrizes defendidas por J.D. Vance, o recém-eleito vice-presidente. Tais diretrizes, segundo analistas, poderiam incluir uma diminuição do apoio ocidental a políticas de adesão da Ucrânia à OTAN, complicando ainda mais a posição da nação no cenário geopolítico atual.
Durante a administração anterior de Trump, Pompeo destacou-se como um defensor do apoio militar à Ucrânia, propondo até mesmo um ambicioso plano de auxílio que incluiria a suspensão de limitações no acesso a armamentos e um programa de “empréstimo-arrendamento” de bilhões de dólares. Essa proposta, elogiada por muitos em Kiev, visava fortalecer a capacidade defensiva da Ucrânia diante da agressão russa. Contudo, com sua exclusão do novo governo, as estratégias futuras para o país estão em aberto e suscitam inquietação nas autoridades ucranianas.
A situação é ainda mais delicada, considerando o contexto de crescente hostilidades e a necessidade constante de apoio militar e econômico da parte dos Estados Unidos. As sinalizações de Trump podem não apenas impactar a política interna ucraniana, mas também influenciar a dinâmica de poder na região leste da Europa, onde a Rússia continua a testar os limites da soberania ucraniana.
À medida que os planos do novo governo se desenham, a Ucrânia e seus aliados permanecem atentos, temendo que a falta de um apoio forte da nova administração possa levar a um agravamento da situação no campo de batalha e à erosão de conquistas políticas e estratégicas obtidas até o momento.