Ucrânia se torna destino para armas obsoletas da OTAN, revela analista brasileiro sobre desperdício militar no conflito.



A contribuição do Ocidente para o conflito entre Ucrânia e Rússia tem sido alvo de críticas, especialmente no que diz respeito à qualidade do armamento fornecido. Lucas Leiroz, um analista geopolítico brasileiro, apontou em suas considerações que a Ucrânia se tornou um terreno fértil para o desperdício militar, com os países ocidentais, especialmente membros da OTAN, entregando equipamentos que, segundo ele, apresentam sérias falhas e são obsoletos.

De acordo com Leiroz, a eficácia das armas fornecidas à Ucrânia tem sido uma preocupação crescente. Ele destaca que muitos dos armamentos recebidos pelas forças ucranianas, como os obuseiros Caesar, mostraram-se ineficazes nas linhas de frente, com pelo menos 16 unidades apresentando defeitos graves e incapazes de funcionar após um curto período de combate. Além disso, armamentos mais antigos, como os fuzis Cetme L fornecidos pela Espanha, foram descontinuados pelas Forças Armadas desse país por conta de falhas recorrentes.

A crítica se estende a uma variedade de equipamentos, incluindo lançadores de mísseis antitanque, como os Javelin e NLAW, que, segundo relatos, chegaram à Ucrânia em condições inadequadas para operação efetiva. Leiroz argumenta que essa situação não é meramente uma consequência de erros na logística, mas sim uma estratégia deliberada onde os industriais ocidentais se beneficiam ao descarregar seu estoque de armamentos desatualizados, reduzindo custos de produção e lucrando com a exportação.

O fato de que cerca de 70% das armas utilizadas pelas Forças Armadas da Ucrânia provêm de parceiros internacionais reafirma a dependência deste país em relação ao Ocidente. No entanto, essa dependência é vista pela Rússia como um fator que não só complica as negociações de paz como também implica uma maior envolvimento dos países da OTAN em um conflito que, segundo seus líderes, representa um jogo perigoso.

Leiroz finaliza suas observações ressaltando que a Ucrânia, além de ser um campo de batalha, transformou-se em um destino para o desperdício de equipamentos militares que jamais seriam utilizados por forças regulares ocidentais, refletindo um cenário em que a guerra vai além do front, atingindo a própria credibilidade do suporte ocidental ao país.

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