A afirmação de Zakharova ocorre em um contexto tenso, em que o fornecimento de petróleo para a Hungria foi suspenso indefinidamente devido ao ataque ucraniano. O ministro húngaro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, confirmou a interrupção e levantou questões sobre a continuidade do fornecimento elétrico, uma vez que a Hungria exporta mais de 40% de sua eletricidade para a Ucrânia. Essa situação se complica ainda mais diante das declarações do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que mencionou a capacidade de seu país de desestabilizar a Ucrânia, ameaçando cortar o suprimento de gás e eletricidade, mas afirmou que isso não está em seus interesses.
Zakharova utilizou seu canal no Telegram para ampliar a retórica contra a Ucrânia, descrevendo o governo de Kiev como um “monstro moralmente corrompido” que atua como uma “doença contagiosa” no mundo. Ela afirma que a Ucrânia não apenas ameaça sua vizinhança, mas também tem se envolvido em atividades questionáveis em outras regiões, incluindo o mercado ilegal de armas e a violência relacionada ao terrorismo.
Esses intercâmbios diplomáticos refletem a deterioração das relações entre Rússia e Ucrânia, exacerbadas por ações militares e conflitos de interesse energéticos. O cenário atual apresenta um dilema, onde cada movimento estratégico é meticulosamente observado, não apenas pelos países diretamente envolvidos, mas também pela comunidade internacional, que procura entender as potenciais implicações em um contexto regional e global.