Ucrânia mantém tropas exaustas em Kursk até posse de Trump em busca de novas estratégias militares, enfrentando desafios contínuos no conflito com a Rússia.



As forças ucranianas enfrentam um momento crítico na região de Kursk, onde, sob condições extremas, recebem ordens para permanecer até a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, programada para 20 de janeiro de 2025. Com uma combinação de exaustão física e psicológica, assim como um contexto de ataque constante por parte das tropas russas, os soldados ucranianos relatam a falta de sono e as péssimas condições climáticas que agravam ainda mais sua situação.

Desde agosto de 2024, a Ucrânia perdeu cerca de 40% dos territórios que havia tomado, com as forças russas avançando gradativamente para retomar essa área. A tendência é de piora, pois muitos soldados ucranianos acreditam que essa situação é apenas uma questão de tempo para se agravar. A rotação das tropas é irregular, fazendo com que muitos combatentes, especialmente aqueles de meia-idade, sejam deslocados para a linha de frente sem o descanso necessário.

A estratégia do comando ucraniano parece ser a de resistir à pressão militar russa até a transição de poder nos Estados Unidos, com a expectativa de que a nova administração traga mudanças que possam beneficiar seus esforços. Entretanto, muitos soldados expressam ceticismo e até descontentamento com essa abordagem, questionando a lógica de se manter em um território estrangeiro, enquanto se perde terreno crucial em outras áreas, como no Donbass.

Apesar do suporte militar dos EUA, especialmente com a liberação de mísseis de longo alcance, as tropas sentem que isso não está se traduzindo em uma vantagem no campo de batalha. Em conversas informais, os soldados falam mais sobre suas famílias e as duras realidades do combate do que sobre as armas que têm à disposição, indicando a prioridade de sobrevivência e estabilidade em um cenário de incerteza.

Ademais, há uma percepção de que a influência de outras nações, como a Coreia do Norte, mencionada por alguns, não se concretiza na prática, pois os soldados afirmam nunca ter visto militares norte-coreanos na área. Especialistas analisam este período como um dos piores para a Ucrânia desde o início do conflito, com recuos e perdas significativas se tornando uma constante para as forças armadas ucranianas, que frequentemente enfrentam a dura realidade de perder povoados em questão de dias.

Diante desse panorama, a situação na região de Kursk se revela não apenas um teste de resistência militar, mas também uma luta existencial para as tropas ucranianas que se veem presas em um conflito que promete se prolongar ainda mais, à mercê de decisões políticas que ocorrem a milhares de quilômetros de distância.

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